Benefícios
A prática de atividade física e desporto é extremamente importante e recomendada para pessoas com displasia óssea. O exercício físico tem vários benefícios:
Os adultos com incapacidade têm mais probabilidade de ter doenças cardíacas e a actividade física aeróbica pode ajudar a reduzir o impacto desta doença crónica. Globalmente, pretende-se que mais crianças, jovens e adultos com displasia óssea possam experimentar diferentes formas de atividade física e desporto e que, assim, possam alcançar novos objetivos de aptidão pessoal.
Com que frequência se deve praticar?
A atividade física regular é uma das coisas mais importantes que pode fazer pela sua saúde. Praticar exercício físico pelo menos 30 minutos por dia, 4 a 5 dias por semana permitirá obter benefícios para saúde. No caso das crianças, é importante que possam exercitar-se pelo menos uma hora, 5 a 7 dias por semana.
Quais as atividades físicas seguras?
A atividade física é importante para todas as pessoas e em todas as idades. Para pessoas com uma displasia óssea, a atividade física deve ser ajustada de acordo com a sua idade e aptidão física. Não existe um plano de exercícios único e é importante haver um acompanhamento individual e personalizado por um profissional técnico de exercício físico e por profissionais de saúde (fisiatra, reumatologista, fisioterapeuta), para que a atividade física seja realizada com segurança.
Sugestões de atividade física e exercício
A natação é a atividade ideal porque a flutuabilidade na água permite um ambiente de exercício de baixo impacto para o esqueleto e articulações. Nadar aumenta o fortalecimento muscular, resistência e flexibilidade. Promove uma postura adequada, a aptidão cardiovascular e o relaxamento físico e psicológico. Encoraja a socialização e melhora a autoestima.
Como melhorar o desempenho da atividade física?
Para atingir objetivos pessoais podem ser realizadas atividades acompanhadas por profissionais, como treino de força e de resistência; de estabilização da coluna/força abdominal; de alinhamento postural e biomecânica.
Terapias complementares, como fisioterapia e terapia ocupacional, poderão também trazer benefícios. A Fisioterapia é recomendada para melhorar movimento e flexibilidade, através da realização de exercícios terapêuticos; para melhorar a atividade respiratória (o ioga também é uma boa opção); para o treino de mobilidade (adaptável a cadeira de rodas, carrinhos de passeios, treino de marcha, etc.).
Conclusão
Todos podemos beneficiar das vantagens da atividade física para a saúde — idade, capacidade, etnia, forma ou tamanho não importam. No entanto, fale com o seu médico antes de iniciar qualquer atividade de maior intensidade ou risco e consulte profissionais acerca de formação para realizar exercícios em segurança que lhe podem segureir equipamentos ajustados ao seu peso e corpo. (se for suscetível a lesões no pescoço, recomenda-se uma avaliação da estabilidade da coluna a cada 2-3 meses, enquanto pratica a atividade). Acima de tudo, divirta-se!
A Federação Portuguesa de Atletismo esteve representada no 2º Congresso ANDO (Setúbal, abril de 2023) onde apresentou um trabalhos numa sessão dedicada à atividade física e desporto adaptado:
Conheça o Estudo de Investigação Caracterização Física, Biomecânica e Psicológica na Acondroplasia, com apoio ANDO.
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Treino de Alta Competição
São poucos os atletas nacionais com displasia óssea a praticar desporto federado e de alta competição, no entanto temos alguns bons exemplos de atletas medalhados, como Miguel Monteiro (lançamento do peso), Simone Fragoso (natação adaptada e halterofilismo), João Campos (natação adaptada), Abel Andrade (surf adaptado) entre outros.
Conheça como é feito o treino de um atleta de alta competição com displasia óssea aqui:
Quero praticar desporto!
Caso tenha uma displasia óssea e queira iniciar a prática de deporto de competição ou simplesmente gostaria de praticar desporto, entre em contacto com a ANDO. Podemos ajudar fornecendo informação e contactos de especialistas na área do desporto adaptado.