A Hipofosfatémia Ligada ao Cromossoma X — também conhecida por raquitismo hipofosfatémico ou XLH (do inglês X-linked Hipophosphatemia) — ocorre em aproximadamente 3,9-5 bebés por cada 100.000 nascimentos1. É uma displasia óssea rara e genética, caracterizada por baixo nível de fosfato no sangue. Este é expelido em excesso pelos rins, provocando ossos moles e fracos (raquitismo).
Uma experiência imersiva criada para contar as histórias de pessoas reais que vivem com XLH.
VisitarÉ uma condição genética rara com um padrão hereditário dominante ligado ao cromossoma X, embora cerca de 25% dos casos surjam por mutação espontânea. O diagnóstico é feito pelo conjunto do historial familiar, manifestações clínicas e evidências biomédicas.
Os sintomas precoces mais comuns, como as pernas arqueadas ou joelho valgo tornam-se claros quando a criança começa a andar. No entanto, a XLH envolve mais que apenas os ossos e o seu impacto nos indivíduos e famílias pode ser profundo.
É uma condição genética, passada de pais para filhos, embora cerca de 25% dos casos surjam por mutação espontânea (mutação de novo).
A XLH é causada por uma mutação no gene PHEX. Este gene é responsável pela regulação do fosfato no corpo, que leva a que os rins excretem mais fosfato que o normal. Consequentemente, conduz a baixos níveis de fosfato no sangue afetando a mineralização normal dos ossos e dentes2,3. Os desafios começam na infância, durante o crescimento, persistindo e, frequentemente, aumentando durante idade adulta.
Fonte: adaptado de Orphanet Journal of Rare Diseases.
Algumas pessoas com XLH não têm sintomas aparentes relacionados com os ossos, apresentando apenas hipofosfatémia, enquanto outras podem ter sintomas graves. Em muitos casos, os sintomas tornam-se aparentes nos primeiros 18 meses de vida, quando a criança começa a ter peso nas pernas:
A XLH é diagnosticada com base num exame físico, imagiologia raio-x, testes sanguíneos e no historial familiar. Os factores específicos considerados para o diagnóstico incluem:
A diferença física causada pela XLH está associada ao estigma e ao bullying e os desafios psicológicas afetam as crianças e os adultos. Viver com uma condição genética inclui saber que esta pode ser passada para os descendentes, o que causa angústia emocional.
As pessoas com XLH podem precisar de adaptações em casa, no trabalho e na escola e a incapacidade pode tornar-se muito desafiante, levar à depressão e influenciar a habilidade no trabalho, o desempenho na escola e complicar as tarefas do dia-a-dia.
Para determinar a extensão da doença e as necessidades de cada indivíduo são recomendadas as seguintes avaliações:
São necessários suplementos de fosfato, habitualmente combinados com uma dose elevada de calcitriol, que permite uma melhor absorção do cálcio7. Nas crianças, o tratamento é geralmente iniciado no momento do diagnóstico e continua até que os ossos parem de crescer2. Nos adultos, o principal objectivo do tratamento é atenuar a dor.
Outros tratamentos para XLH, dependendo dos sintomas e da gravidade, podem incluir2,7:
Tratamento aprovado pela EMA/FDA:
O medicamento Burosumab (comercializado com o nome Crysvita) é utilizado para o tratamento da XLH e pode ser utilizado em crianças com mais de 1 ano de idade, adolescentes com esqueletos em crescimento, caso sejam observados sinais de alteração óssea em radiografias e já se encontra aprovada indicação para adultos também.
A XLH é uma condição rara, por isso o Burosumab recebeu designação de Medicamento Órfão a 15 de Outubro de 2014, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). Uma vez que obteve uma aprovação condicional, a empresa Kyowa Kirin — farmacêutica e biotecnológica japonesa — responsável pela sua comercialização fornecerá resultados atualizados sobre estudos realizados. Consulte informação completa sobre este medicamento aqui 8.
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A XLH Alliance é uma aliança internacional constituída por mais de 23 organizações de diferentes países, onde se inclui a ANDO. Tem como objetivo amplificar a voz das Pessoas com XLH no mundo e estabelecer um padrão global multidisciplinar de cuidados e investigação.
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Agradecimentos
À Tenna Toft Silvest — Presidente da Associação Dinamarquesa de XLH e vice-presidente da International XLH Alliance — por ceder a fotografia de topo, tirada a pedido da ANDO e em específico para esta página. A Tenna tem XLH, é uma excelente colega e tem 2 filhas gêmeas de 3 anos, uma também tem XLH.