A Osteogénese Imperfeita (OI) é uma doença rara que afeta o tecido conjuntivo e que se caracteriza, principalmente, por fraturas espontâneas ou com traumatismo mínimo. Os sintomas específicos e as características clínicas associados à OI variam muito de doente para doente, assim como a gravidade da doença.
Atualmente existem 18 tipos de OI, com algumas características clínicas comuns, mas outras muito especificas e variadas, podendo considerar-se, a Osteogénese Imperfeita, um grupo de doenças.
Clinicamente continua a usar-se a Classificação de Sillence, criada em 1979, baseada nas características clínicas e gravidade da doença: OI tipo I, forma leve, comum, com escleras azuladas; OI tipo II, forma perinatal letal; OI tipo III, forma grave e progressivamente deformante com esclera normal; e OI tipo IV, forma de gravidade moderada com esclera normal.
Cerca de 90% dos indivíduos com OI são heterozigotos para mutações nos genes do colagénio tipo 1, COL1A1e COL1A2, com padrão de herança dominante ou esporádico.
Os bisfosfonatos são fármacos que bloqueiam a ação dos osteoclastos, as células que estão envolvidas na reabsorção do osso. Estão autorizados na UE para várias doenças e têm demonstrado eficácia na redução do número de fraturas1,2. Estão disponíveis em Portugal o Alendronato, o Risedronato (administrados por via oral), Pamidronato e Zolendronato (administrados por via endovenosa).
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A OI no site da Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita (APOI)
A ANDO Portugal tem um protocolo de parceria com a APOI desde 2018, com projectos e apresentações realizadas em conjunto, e tem colaborações institucionais com a OIFE em vários projetos europeus.
Para mais informação sobre a OI, convidámos a contactar a APOI.
Referências
1. H. Plotkin, et al. Pamidronate Treatment of Severe Osteogenesis Imperfecta in Children under 3 Years of Age. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol. 85, No. 5 2000);
2. Åström, E. et al. Beneficial effect of long term intravenous bisphosphonate treatment of osteogenesis imperfecta Arch. Dis. Child. 2002;86;356-364);
Outras fontes: VInnova; Mereo Biopharma; Apoi